Expedição Cavalo Motor no Grande Sertão

Cavalo Motor no Grande Sertão
a simbiose homem-máquina nas veredas entre a catinga e o cerrado 

 “Sertão: estes seus vazios. O senhor vá. Alguma coisa, ainda encontra.”
Grande Sertão: Veredas

Percorrer de bicicleta os caminhos do personagem Riobaldo Tatarana no Grande Sertão desde seu encontro com Diadorim às margens do córrego do Batistério até a batalha fatal com o Hermógenes no Paredão de Minas.

 Durante a trajetória registrar em gravações de audio, video e fotos as paisagens sonoras e visuais, que serão posteriormente trabalhadas no disco e no show Cavalo Motor.

 Produzir textos (relatos, poemas e transcrição de falas) durante a viagem e alimentar o site e o aplicativo para celulares com esse material sempre que houver sinal de telefonia móvel disponível.

Utilização de uma bicicleta que gera a partir das pedaladas a energia necessária para carregar os equipamentos eletrônicos para o registro e a transmissão das informações durante o percurso.

A ideia é utlizar durante toda a viagem, prevista para durar aproximadamente trinta dias, prioritariamente a energia elétrica proporcionada pela bicicleta.

roteiro

mapaPoty
A partir do “Grande Sertão: Veredas” identifiquei o percurso do jagunço Riobaldo Tatarana pelo sertão mineiro, atento aos saltos e reviravoltas da narrativa não-linear. Com efeito Riobaldo, o narrador personagem, vai e volta no tempo acompanhando o fluxo natural de sua memória, o que torna o traçado de seu percurso uma tarefa meticulosa, uma espécie de quebra-cabeças cartográfico. Uma grande contribuição nesse sentido foi o livro “Itinerário de Riobaldo Tatarana” do pesquisador Alan Vigiano, que nos anos 60 fez um levantamento e identificou centenas de topônimos encontrados no romance; outro livro fundamental foi o “Boiada”, edição fac-similar da caderneta de anotações do próprio João Guimarães Rosa, escrita durante sua viagem com a comitiva de Manoel Nardy em maio de 1952 conduzindo uma boiada pelos campos gerais.

 Com essas referências estabeleci um roteiro junto com dois colaboradores ( um designer e um geógrafo)  transpondo para o sertão real o que foi possível transpor, ou ainda, o que restou do sertão imaginário do romance. É certo que localidades mudaram de nome dos anos 50 para cá, alguns lugarejos, fazendas e veredas desapareceram. Não há dúvidas também que muitos nomes foram trocados ou criados pelo escritor. Muitos dos locais por onde Riobaldo andou, todavia, puderam ser identificados, e é por essas trilhas que resistem no sertão que pretendo passar.

Algumas referências do trajeto:

Riobaldo: “E saímos, com o seguinte risco: o Imbiruçu, a serra do Pau-d’Arco, o Mingu, a lagoa dos Marruás, o Dôminus-Vobíscum, o Cruzeiro-das-Embaúbas, o Detrás-das-duas-Serras. O Brejo dos Mártires, a cachoeirinha Roxa, o Mocó, a Fazenda Riacho-Abaixo, a Santa Polônia, a lagoa da Jabuticaba. E daí por uns atalhos: o córrego Assombrado, o Sassapo, o Poço d’Anjo, o Barreiro do Muquém”

Serra das Araras

(Fazenda Santa Catarina no Bom Buriti, distrito de São Francisco)

Lagoa Suçuarana
(município de Januária próximo da nascente do rio Pandeiros)

Rio Pardo e rio Acari 
(seguem paralelos ao Pandeiro e deságuam no São Francisco)

Rio Piratinga
(na altura da cidade de Arinos)

Rio São Domingos
(cruza o município de Formoso e deságua no Urucuia, em Arinos)

Riobaldo: “A que viemos: Extrema de Santa Maria, Barreiro Claro, Cabeça de Negro, Córrego Pedra do Gervásio, Acari, Vieira, Fundo, buscando jeio de encostar no São Francisco”

 Ribeirão da Areia
(deságua no rio Urucuia, próximo de Chapada Gaúcha)

Córrego Pedra do Gervásio
(deságua no rio Acari próximo de Serra das Araras)

Rio Acari
(nasce na Serra das Araras e deságua próximo da cidade de São Francisco no Velho Chico)

São Francisco

(cidade polo da região Noroeste de Minas)

Rio Canabrava
(afluente do rio Taboca, que deságua no rio Preto quase no Paracatu na altura do município de Unaí)

Rio do Sono 
(banha a vila do Paredão de Minas, município de Buritizeiro)

Ribeirão do Galho da Vida
(deságua no Urucuia na cidade de São Romão)

‘Fazenda dos Tucanos’
(algum lugar próximo a Vila Risonha no município de São Francisco)

‘Arraial dos catrumanos’
(local não identificado, mas provavelmente referência ao remanescente de quilombo na cidade de Cavalcante, no Goiás)

Povoado do Sucruiú
(provavelmente nas margens do córrego Sucuriú, afluente do rio Santo Antonio, que deságua no rio do Sono próximo a João Pinheiro)

Veredas-Altas (Veredas Mortas ou Veredas Tortas)
(local não localizado, onde houve o pacto, próximo de um povoado chamado Virgem da Lage, também não identificado, mas provavelmente entre os municípios de João Pinheiro e Buritis, lugar conhecido como Chapadão do Urucuia)

Riobaldo: E um sitiante, no Lambe-Mel, explicou – que o trecho, dos marimbus, aonde íamos, se chamava mais certo não era Veredas-Mortas, mas Veredas-Altas…

Serra dos Confins
(município de Buritis)

Cachoeira do Urucuia
(próxima à cidade de Arinos)

Serra do Meio
(divisa de Arinos e Buritis)

Lagamar e Lugar do Touro
(próximos a Arinos)

Liso da Campina (Liso do Suçuarão)

(alto Carinhanha na divisa de Minas com a Bahia, município de Formoso, dentro do Parque Nacional Grande Sertão)

Mata de São Miguel
(divisa de Minas com Goiás, entre Cabeceiras e Unaí)

Rio São Marcos
(divisa de Minas com Goiás, entre Paracatu e Cristalina)

Cererê-Velho
(próximo do Paredão ‘seis léguas’)

Paredão
(distrito de Buritizeiro nas margens do Rio do Sono, quase na sua barra com o rio Paracatu)

Vereda do Tamanduá-tão
(próximo do Posto Pontal, entre Paracatu e João Pinheiro)

A_MapaGrandeSertaoLivro

Principais Cidades
Sete Lagoas,  São Romão,  Januária, Curvelo, Brasília de Minas,  Três Marias, Morro da Garça, Brasilândia, Lassance, Ibiaí, Bonito de Minas, São Francisco, Corinto, Chapada Gaúcha, Paracatu, Buritizeiro, Arinos e Pirapora.

Principais Rios
São Francisco, Urucuia, Preto, Pardo, Coxá, Paracatu, de Janeiro, Acari, São Domingos, Borá, Araçuaí, Verde Grande, Verde Pequeno, Canabrava, do Sono, Água Branca, Pacu, das Velhas, Jequitaí, Cansanção, José Preto, Carinhanha, São Marcos, Abaeté.

justificativa
Cavalo Motor é uma imagem-conceito que representa a simbiose do homem e da máquina. Durante a viagem a força humana vai produzir na interface com a máquina a energia necessária para a comunicação virtual; um veículo de tração animal e um computador com conexão à internet representam pontas de tecnologias separadas por séculos. No projeto elas se completam com o homem promovendo uma integração eficiente e de baixo impacto ambiental, ou seja, o ciclista se torna a própria interface entre essas tecnologias.

Com a viagem pretendemos promover um embate entre o sertão existente e o imaginário, retratando e confrontando descrições, imagens e relatos antigos com situações atuais.

A comunicação em tempo quase-real propõe a inserção de um ambiente que ainda guarda traços arcaicos e medievais no universo da cultura digital, numa relação orgânica e metabólica que rejeita o discurso do progresso fácil e a qualquer custo.

Percorrer de bicicleta as veredas do Grande Sertão, paisagem e tema do livro brasileiro mais importante do século XX, é também uma forma de provocação, um protesto contra o discurso anacrônico do nacional-desenvolvimentismo que assola a região como também à supremacia dos automóveis nas grandes cidades geradora da violência e do caos no trânsito.

Contrastar o sertão mítico com as lavras de minério, as estradas asfaltadas, as plantações de soja e eucalipto, as chaminés dos auto-fornos é também uma forma de denunciar e escancarar os descaminhos de uma civilização que ignora conhecimentos ancestrais, transmitidos oralmente através de gerações e segue indiferente em sua arrogância rumo à barbárie.

É também uma forma de renovar a esperança por outras veredas para a civilização humana, buscando uma síntese de culturas díspares, que aqui se encontraram e se sobrepuseram em camadas profundas de contradições e tensionamentos. Talvez uma demonstração da capacidade de adaptação, da habilidade para cruzar referências própria do brasileiro, o conceito que guia o projeto recusa a ideia de incompatibilidade entre evolução e conservação, entre desenvolvimento e sustentabilidade.

O Cavalo Motor evoca portanto uma relação mais harmoniosa entre o homem e a máquina e aponta esse espaço de convívio possível, sugerindo inter-relações mais saudáveis e menos predatórias entre sistemas orgânicos e sintéticos, ou ainda entre a tecnologia e o estado de natureza.

Suscita ainda a possibilidade de um outro olhar sobre a própria urbe a partir da discussão sobre os meios de transporte alternativos, o trânsito (homem-máquina-meio), a humanização das relações, a eficácia de grandes projetos urbanos que desconsideram as relações humanas, ao mesmo tempo em que aponta para a possibilidade de soluções simples, baratas e eficientes para vencer problemas que hoje afetam todas as grandes cidades do mundo.

o álbum
Cavalo Motor é um trabalho de pesquisa de linguagem poético-musical onde o artista vislumbrou a possibilidade de elaborar suas referências a partir da ideia-conceito de uma máquina rítmico-poética que seja capaz de encadear a pulsação cardiovascular e os sinais elétricos do sistema nervoso numa simbiose orgânico-sintética. Para tanto o compositor resolveu partir em busca de referências na literatura, na geografia, na história, na botânica e na zoologia, utilizando o suporte fotográfico, videográfico e audiográfico num trabalho de pesquisa de campo inusitado para o desenvolvimento de um trabalho autoral.

Nascido no Nordeste e criado no interior de Minas, descendente de uma família de vaqueiros, o artista parte da elaboração de suas referências afetivas familiares, mesclando elementos típicos da tradição nordestina como aboios,  trava-línguas, cocos, cirandas e emboladas fundamentados em estruturas modais mesclados com elementos da música urbana e apropriações da escola harmônica mineira. Além disso sua produção musical está contaminada pela sua atuação política de uma forma indissociável e contundente nas letras e na postura artística, reflexo de suas ações ligadas ao cooperativismo, à economia criativa, a auto-gestão e à contra-indústria. O disco vai contar ainda com participações especiais.

site e aplicativo
O álbum Cavalo Motor foi gravado e lançado de uma forma diferente: a cada canção finalizada o aplicativo para mobiles disponível gratuitamente na Apple Store era atualizado e os usuários foram montando aos poucos o disco, até completar a obra. O processo foi finalizado no primeiro semestre de 2014, quando ficou disponível para os aparelhos, além das faixas, também as letras, a ficha técnica e a arte do álbum,  incluindo registros da viagem. Durante viagem tanto o aplicativo quanto o site do artista foram alimentados com imagens, sons e textos produzidos na estrada. Além disso, através de uma sistema de localização por GPS toda a trajetória vai podia ser acompanhada pelos internautas em tempo real. O aplicativo para celulares foi desenvolvido com funcionalidades e ferramentas de interação direta com o público através de uma rede de relacionamento própria, com possibilidade de localização espacial instantânea, possibilitando ações coletivas e sincronizadas.

o show
A projeção das imagens e sons registradas durante a viagem serão apresentadas no show de forma a ressaltar a relação intrínseca entre os biomas e a musicalidade das regiões percorridas, destacando os timbres das diferentes paisagens sonoras, os sotaques, as cores e as texturas. O trabalho de campo de recolha de material busca, em última instância, a transposição, através de um processo de intersemiose, do universo do sertão para o ambiente urbano da metrópole, os ecos desse sertão profundo no cotidiano de uma cidade com milhares de habitantes.

Durante o show as imagens serão projetadas no palco através de um equipamento acoplado à bicicleta que estará sustentada por um suporte na platéia. A energia para alimentar o projetor de vídeo será fornecida pelas pedaladas na bicicleta de forma que o público vai ser incentivado a pedalar para que as imagens possam ser exibidas durante o show.

Dessa forma pretende-se criar uma interação direta com o público e ao mesmo tempo proporcionar uma experiência dinâmica do processo vivenciado pelo autor.

livro
Reunindo os relatos e textos produzidos durante a viagem, bem como fotos e diversos mapas do trajeto, com referencias topográficas, características da vegetação, fauna e bacias hidrográficas e estabelecendo também relações com passagens do “Grande Sertão:Veredas”, bem como outras publicações relacionadas, como “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, a publicação pretende ser tanto memória da viagem como guia para outros aventureiros. Pode servir ainda como material de referencia para pesquisadores das áreas de literatura, geografia e história. Para tanto o livro pretende retratar o sertão real, mas também buscar os vestígios desse sertão imaginário, mítico, que se desvela nos pequenos detalhes, nas falas, nos gestos e expressões do sertanejo, nas veredas mais recônditas e nos riachos mais obscuros.

outros desdobramentos
Trechos de áudios recolhidos durante a viagem serão utilizados no disco Cavalo Motor como paisagens sonoras e intervenções entre e/ou inseridas dentro das faixas.

Imagens (fotos e vídeos) vão integrar a projeção de vídeos durante o show Cavalo Motor e poderão se transformar em produtos independentes, disponibilizados virtualmente ou através de suportes físicos.

Há a possibilidade de uma exposição com imagens e textos produzidos durante o percurso.

sustentabilidade e ação colaborativa
Buscando sustentabilidade vou lançar uma campanha de colaboração coletiva para arrecadar recursos que vão contribuir para a realização dessa iniciativa. A viagem portanto é somente uma das etapas. O projeto terá ao todo quatro etapas a serem cumpridas: a viagem pelo Grande Sertão; a finalização do CD Cavalo Motor; o show de lançamento; a publicação do livro com relatos e fotos da viagem.

construção do gerador
Formado em eletrônica no CEFET e tendo atuado na área de automação industrial, o autor do projeto pretende utilizar seus conhecimentos técnicos para desenvolver um sistema relativamente simples de geração de energia elétrica através da força mecânica.

O sistema será composto por um gerador de voltagem e um estabilizador de energia acoplado a uma bateria que alimenta um laptop. Em pleno funcionamento ele vai gerar aproximadamente 75 watts de potência, necessários para o funcionamento desse computador e do celular que será usado como modem. Na maior parte do tempo o computador necessita de muito menos potencia. A potência máxima pode ser necessária para salvar dados no disco rígido, ou para baixar arquivos.

O fenômeno de indução magnética foi observado pela primeira vez pelo físico dinamarquês Hans Orsted em 1820, ao perceber que a agulha de uma bússola oscilava quando aproximada de um fio condutor percorrido por corrente elétrica. Michel Faraday se interessou pelo fenômeno e após alguns experimentos, observou que quando um imã se move próximo de um circuito elétrico, a corrente elétrica desse circuito é alterada.

Sabemos hoje que a variação de campo magnético gera corrente elétrica. No dínamo o imã gira com a bobina ao seu redor. Este movimento gera a variação do campo magnético do imã, surgindo então, uma corrente elétrica no conjunto de espirais da bobina. Esta corrente elétrica por sua vez será estabilizada e armazenada numa pequena bateria acoplada no circuito. O funcionamento do dínamo ilustra o caso particular de uma das quatro leis gerais do Eletromagnetismo: a lei de Faraday, segundo a qual uma corrente elétrica é gerada num circuito fechado sempre que houver variação de um campo magnético nessa região.

equipamentos
– Bicicleta
– Sistema de geração e conservação de energia
– Modem e Lap Top
– Câmera de vídeo/fotográfica

para ouvir
Cavalo Motor
http://youtu.be/u6dMhkzCg88

referências
Site: makelyka.com.br
Aplicativo: http://bit.ly/dXoh2a
Construção do gerador:
 http://www.instructables.com/id/How-To-Build-A-Bicycle-Generator/

bibliografia
“Grande Sertão: Veredas”, João Guimarães Rosa [Editora Nova Fronteira];
“Boiada”, João Guimarães Rosa [Editora Nova Fronteira / Saraiva];
“Itinerário de Riobaldo Tatarana”, Alan Vigiano [Editora Crisálida];
“As Trilhas de Amor e Guerra de Riobaldo Tatarana”, João Guimarães Rosa e Marcelo de Almeida Toledo [Editora José Olympio];
“Nas Trilhas do Rosa”, Fernando Granato [Editora Scritta].


Campanha de Colaboração Coletiva

“Mire e veja. Tenho medo? Não. Estou dando batalha.”
Grande Sertão: Veredas

 Saí dia 17 de julho de 2012 numa viagem de bicicleta pelo sertão mineiro. Pretendi fazer o percurso do personagem Riobaldo Tatarana no Grande Sertão Veredas. Foram aproximadamente 1.700 Km, de Sete Lagoas até o Paredão de Minas, distrito do município de Buritizeiro, passando pela divisa com a Bahia e o Goiás.

O objetivo da viagem foi fazer registros em áudio, vídeo e fotos, que serão utilizados posteriormente no meu próximo disco, Cavalo Motor, e nos respectivos shows.

Durante a viagem atualizei o meu site com pequenos relatos, fotos e vídeos. Para isso desenvolvi um sistema que permitia alimentar o laptop e o modem/celular com a energia gerada pelas pedaladas.

Realizei uma campanha de colaboração coletiva para arrecadar recursos que contribuíram para a realização dessa iniciativa. A viagem foi só uma das etapas. O projeto teve até o momento etapas cumpridas: a viagem pelo Grande Sertão; a finalização do CD Cavalo Motor; o show de lançamento; a exposição de fotos.

A viagem foi monitorada em tempo real pelos internautas através de uma ferramenta de geolocalização espacial.

PARCEIROS

CONSULTORES

    • Ana Luísa Vasconcelos
    • Renata Andrade Chamilet
    • Ludmila Ribeiro
    • Maísa Moura
    • José Miguel Wisnik

COLABORADORES DA CAMPANHA DE FINANCIAMENTO

    • Andrea Nestrea
    • Milton Fernandes
    • Makênia Oliveira
    • Marcos Quinan
    • Renata Chamilet
    • Cinthya Oliveira
    • Lucas Figueiredo
    • Luciana Tonelli
    • João Tibúrcio
    • Adrilene Marize Nunes
    • Gustavo Cerqueira-Guimarães
    • Luiza Barcelos
    • Maura Barcelos
    • Paula Pessoa
    • Makeliny Nogueira
    • Estrela Leminski
    • Isabela Santos
    • Jefferson Santos
    • Rafael de Oliveira Alves
    • Gustavo Mascarenhas Maciel
    • Bernardo Luz Antunes
    • Pedro Paulo Barros Gonçalves
    • Margarida de Moura
    • José de Carvalho
    • Rosa Helena
    • Elisabeth Salgado de Souza
    • Cristiano Dimas dos Santos
    • Marcos Catania
    • Karina Nicácio
    • Gislene Morais
    • Valéria Ferreira
    • Neusa Antunes
    • Sônia Volpe Maciel
    • Luciano Reis
    • Helena Soares
    • Larissa Bracher
    • Rafael Inácio

Relatos da Viagem

http://makelyka.com.br/category/cavalomotor/

mapaCavaloMotor_toPrint

Back to Top