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Mini-turnê pelo Nordeste

Rota da turnê

Diante da insegurança e dependência causadas pelas leis de incentivo e a suposta impossibilidade de artistas sobreviverem hoje sem patrocínio, resolvi arriscar uma circulação por conta e risco. Estou programando uma mini-turnê em maio pelo Nordeste.  Serão apresentações solo em pequenos teatros de quatro capitais, onde vou mostrar o repertório do meu próximo disco, o Cavalo Motor. Estou contando com as dicas e a colaboração de alguns amigos desde a produção, assessoria de imprensa e divulgação até a hospedagem. Em todos os teatros vou trabalhar com bilheteria para cobrir os gastos. A idéia da turnê começou a se materializar depois de visitar todas as cidades onde volto – agora para tocar – pelo menos uma vez nos últimos dois anos em encontros, feiras e seminários. Na verdade, recentemente estive quatro vezes em Recife,  três em Salvador, duas em Maceió e outra em Natal. Nessas ocasiões participei de debates com músicos, produtores, gestores públicos e jornalistas, dei oficinas e palestras sobre a organização do setor, ajudei na criação de fóruns de discussão, redes e cooperativas, como a COMUSA em Alagoas e a MIC na Bahia. O fato é que eu gosto de viajar, seja a trabalho ou não e as viagens funcionam também para fortalecer os vínculos, conhecer melhor a cena local e identificar os possíveis parceiros. Mas muitas vezes sou cobrado, e também sinto falta de mostrar meu trabalho autoral, que geralmente fica restrito ao quarto de hotel nessas circunstâncias.

Alem dos contatos que estabeleci nesses locais programei as cidades a partir das possibilidades do Giro TAM, que é um serviço oferecido pela empresa e permite que você faça quatro trechos pelo preço de um dentro de uma mesma rota. A lógica é que você comprando um trecho de ida e volta pode parar pelo caminho, dois ou três dias, pagando somente a taxa de embarque em cada aeroporto. É o ideal para uma pequena turnê. Atualmente as partidas podem ser somente de quatro cidades (Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador), mas segundo o site da empresa em breve o serviço será estendido para outros aeroportos. Outro detalhe é que as compras tem de ser feitas pela central de atendimento ou diretamente nas lojas ou agências de viagem. Aqui no site podem ser feitas as simulações de roteiro.

Então montei meu roteiro partindo de Belo Horizonte dia 24 de maio. Desembarco e toco em Salvador dia 25 no Teatro do SESI no Rio Vermelho, sigo para Maceió dia 27 e toco no Teatro de Arena Sérgio Cardoso no dia seguinte, chego em Recife dia 29 e sigo dia 1o de junho para Natal onde encerro o giro. As datas em Recife e Natal ainda não estão confirmadas, mas a negociação com o teatro da Livraria Cultura na capital pernambucana e a Casa da Ribeira na capital potiguar estão avançadas. Estou aberto a outras sugestões!

Além de experimentar o serviço minha expectativa é muito grande porque nesse novo trabalho eu utilizo muitas referências da música nordestina, de ritmos a métricas comuns na tradição de herança ibérica, que de alguma forma foram sendo traduzidos no meu trabalho pela peculiaridade harmônica da música mineira. A opção de um show solo, além de obviamente reduzir os custos, vai servir para testar o repertório de uma forma mais intimista e sem subterfúgios, olho-no-olho. Contribui também o fato de que serão todos pequenos teatros, para 100 ou 150 pessoas.

Se alguém aqui estiver na rota do giro, vai ser muito bem-vindo o apoio na divulgação e, claro, a presença no dia do show.

Mais informações, me escrevam: contato@makelyka.com.br

Postado em 03/04/2011 Blog!

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Sobre o autor

Makely Ka (Valença do Piauí, 1975) é um poeta cantor, instrumentista, produtor cultural e compositor brasileiro. Makely é poeta, compositor e agitador cultural. Atuando em diversas áreas como a música, a poesia e o vídeo. Incorpora à sua produção artística um componente crítico e reflexivo. Autodidata, desenvolveu uma poética musical própria, amalgamando elementos da trova e do aboio de herança ibérica às novas linguagens sonoras urbanas como o rap, do despojamento da poesia marginal ao rigor formal da poesia concreta.

(1) resposta

  1. wilson
    20/08/2012 de 16:53 · Responder

    “o que faz a qualidade da farinha é o capricho…”
    -dona Nica torrando farinha.

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