Ego Exêntrico

Em 2003 lancei o livro “Ego Excêntrico” pela Sêlo Editorial, que vinha acompanhado do CD “Poemas de Ouvido”. O livro é dividido em várias seções, que incluem poemas publicados como anúncios em classificados nos jornais, prosa poética, palíndromos, letras de canções, poemas para ler em alta voz, anamorfoses pra serem lidas diante do espelho, entre outras. A encadernação do livro é inversa, sugerindo a leitura de trás para frente como na escrita árabe ou japonesa.

Alguma Crítica

“A capa de “Ego Excêntrico” traz, em primeiro palno, a reprodução fotográfica em preto-e-branco de um umbigo. Trata-se de mais uma das ironias do autor, poeta sem papas na língua. Farto do individualismo de feições neoliberais que comanda o verso contemporâneo no Brasil, ele vem colhendo o sucesso nos meios intelectuais, como um dos nossos mais talentosos artistas da nova geração.” Alécio Cunha / Jornal Hoje em Dia / 12 de agosto de 2006

#

“Acabo de lerouvir tua poesia. Do livro: já gostei pelo táctil, pela novidade bem bacana (coisa rara, pois nosso fiel escudeiro é uma puta velha, você sabe) de as páginas se revelarem da esquerda para direita, de trás pra frente, ecoando em seu título. Dos poemas, gostei da tua prolixidade que inclui e devora devidamente e invariavelmente outras vozes e, principalmente, de a sua poesia situar-se em lugar de permanente comunicação. O repasse da lâmpada acontece com ela acesa. Do disco: o que em mim mais ecoou e me tocou (nem falo da sua competência, que é indiscutível, mas de escolhas) foi você ter permanecido poeta, e poeta 100%. Digo isso porque você é também músico e poderia facilmente disfarçar de músico o seu lado poeta. Mas você mandou ver na sua verve de poeta. Foi ao centro excêntrico da sua poesia e da sua voz de poeta. Resultado: um maravilhoso disco de poesia, que retumba num contexto bem brasileiro, passando pela verve popular, pela experiência de vanguarda, pelas letras da música, etc. Um trabalho marcante, Makely.” Ricardo Corona / Correspondência Pessoal / 4 de abril de 2006

#

“Segunda incursão do cantor e compositor Makely pela poesia impressa – a primeira foi Objeto Livro, de 1998 –, Ego Excêntrico (Selo Editorial, 2003) é livro para ler, ver e ouvir, com um CD de áudio anexo, multimidiático, portanto, a exemplo de alguns trabalhos de Arnaldo Antunes, um kit que vai se tornando cada vez mais comum na cena poética. Mas não se trata, como se pode começar a pensar apressadamente, de mais um dos muitos “subantunes” que também têm aparecido – e desaparecido, felizmente – com bastante freqüência. A semelhança com determinados procedimentos do ex-titã apenas confirma uma referência comum aos dois: a poesia concreta. O que Makely faz com essa referência é, no fundo, diferente do que Antunes já fez à exaustão, óbvia demonstração da ambivalência do concretismo, de sua natureza poliédrica a permitir as mais diversas apropriações, das mais esteticistas – que resultam em opções como a do finado Philadelpho de Menezes e tantos outros que insistem num experimentalismo vazio – às mais transculturalistas, digamos, que ainda têm em Leminski sua maior expressão. A despeito do “capricho” visual, Makely apreende a onda concreta a partir de um ângulo mais “relaxante”, desejoso de uma estética mais ordinária, de uma linguagem – modulação particularizada dos signos – em estado de choque com a língua, com o código convencionado. Dir-se-ia que o poeta de Ego Excêntrico mantém um relacionamento não com a poesia concreta propriamente dita, mas sim com o Movimento de Poesia Concreta, que, entendido a partir do princípio de sincronia sustentado de maneira categórica pelo recém-falecido Haroldo de Campos, teria a ver com Gregório de Mattos, Sousândrade, Oswald, Affonso Ávila, Torquato Neto e, também, Glauco Mattoso e Sebastião Nunes, poetas que compõem uma tradição “infernal” na antilírica brasileira, que falam pela “boca do inferno”, não pelo coração do paraíso.” Anelito de Oliveira / Jornal Estado de Minas 18 de outubro de 2003

 

Agora Vou Mentir 1
Para Armar um Poema
A Palavra Brotou da Pedra
A Todos Vocês
A Sangue Frio
Me Arruma uma Rima
Poesia em Tudo
Trans-forma
Poema em Gotas
Beijo Antropófago.mp3
Argamassa
Estátuas Gregas.mp3
Amor Tecido
Agora Vou Mentir 2
Não Importa o Sentido
Dia Iluminado
Ouvindo Stravinski
Poema de Ouvido
Ode ao Poeta
Agora que Sol
Biblioteca Bélica
Tábua de Caixote
Uma Confábula
Aboio Oracular
Armado ate os Dentes
Agora Vou Mentir 3

LIVROS Próximo >

Back to Top