Na contramão da ultra-especialização imposta pela lógica de funcionamento do mercado e incorporada pelas instituições, pelas universidades, pela indústria, onde necessariamente perde-se a dimensão do todo, propomos a generalização do conhecimento e dos saberes. A dispersão descompromissada. O desfocamento amplo e a instauração do acaso, do aleatório, do imprevisível como ferramentas de trabalho. Em vez de perguntar “o que é?”, perguntar, “o que posso fazer com isso?”. Em vez de perguntar “é verdade?”, perguntar “como funciona?”. Não interpretar, mas experimentar. Não existe nenhuma origem perdida a ser recuperada, nenhum passado mítico ao qual regressar, nenhum tempo feliz a ser revivido. Suportes, suporte, crie, pense o suporte. Este workshop terá um laboratório de mídia disponível para a experimentação e criação, porém sujeito à adequação do tempo, disponibilidade de programas e quantidade de usuários. Afora isso, teremos outros suportes midiáticos como retroprojetor, instrumentos musicais, câmeras de vídeo, toda a cidade como cenário/espaço e portadora de objetos recicláveis e/ou precários. Também o corpo como suporte ou agente relacional.

Chico de Paula é artista. Um dos fundadores do projeto feitoamãos. O vídeo 5, do grupo, foi Vencedor do I Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2000 e do Festival dos Festivais, de Curitiba, em 2001. Melhor Diretor Brasileiro no 8º Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte. Sócio da Arquipélago audiovisual, atua na direção, produção, direção de arte e finalização de documentários e filmes, utilizando tecnologia digital. Integrante do Combo de Artes Afins Bananeira-Ciência, núcleo de criação e experimentação formado por Chico de Paula, Ricardo Aleixo, Tatu Guerra, DJ Rato e Paulo Thomaz.

Makely Ka é poeta e compositor. Publicou dois livros de poemas: Objeto Livro (1998) e Ego Excêntrico (2003). Lançou os CDs A Outra Cidade (2003), Danaide (2006) e prepara o lançamento do próximo, Autófago (2007). Tem composições gravadas ou executadas em shows por Ná Ozzetti, Alda Rezende, Titane, Regina Spósito, Suzana Salles, José Miguel Wisnik, Maísa Moura, Elisa Paraíso, Sílvia Klein e Júlia Ribas, entre outros. Atualmente edita a Revista de Autofagia. É um dos fundadores da SIM (Sociedade Independente da Música) e representante mineiro na Câmara Setorial de Música do Ministério da Cultura.

Renato Negrão é artista deslizante, poeta, performer e compositor. Autor de Os Dois Primeiros E Um Vago Lote (Selo Editorial, 2004). Ministrou oficinas de poesia/performance na FUNARTE/SP, Festival de Inverno de Ouro Preto. Ministra a oficina Palavra-Imagem no programa para jovens da F.M.C. de Belo Horizonte. Como performer realizou, entre outras, Concerto para o Erro, apresentada no 1º Fórum das Letras de Ouro Preto. Atuou no curta Igreja Revolucionária dos Corações Amargurados, do diretor Carlos Magno e em dança – instant composition: a dança em paisagens deslocadas – sob curadoria de Dudude Herrmann. Tem composições gravadas e parcerias musicais com Alda Rezende, A danaide, Bossacucanova, dentre outros.

Vagas: 30
Realização: 16 a 20 de julho – das 9 às 12h e das 14 às 19h
Público-alvo: artistas, profissionais e estudantes de comunicação, design, publicidade e artes
Material do aluno: quem possuir, pode levar equipamento para registro audiovisual: gravador de mp3, gravador de voz, câmera fotográfica digital, câmera de vídeo digital, celulares com capacidade de envio de dados; os participantes com habilidades musicais podem levar o seu instrumento
Pré-requisitos: conhecimento prático e/ou habilidades nas áreas de música, teatro, redação, produção audiovisual, web design, programação em flash.
Carga horária: 20 horas
Valor da inscrição: R$ 40,00
Valor da inscrição para moradores de Ouro Preto e Mariana: R$ 30,00
Local: Centro de Artes e Convenções da UFOP – Ouro Preto