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O último cangaceiro

Lampião e seu bando posam com Benjamin Abrahão em foto do livro Cangaceiros

Morreu esta semana aqui em Belo Horizonte, aos 100 anos, o último remanescente do bando que acompanhava Lampião. Conhecido como Moreno e casado com Durvinha, falecida em 2008, eles escaparam da emboscada da volante alagoana que vitimou os companheiros em Angicos, no interior de Sergipe em 1938. O casal vivia incógnito em Belo Horizonte desde os anos 60.

Desde pequeno o tema sempre me fascinou. Li muita coisa e dentre a vasta bibliografia disponível, cito dois livros curiosos sobre o cangaço.

“Cangaceiros” da historiadora francesa Élise Jasmin editado pela Terceiro Nome, contendo vasto material iconográfico, incluindo todas as fotos do libanês Benjamin Abrahão, que filmou e fotografou o bando de Lampião e foi certamente um dos responsáveis pela consolidação dos cangaceiros no imaginário popular.

“Caatinga” do roteirista e desenhista belga Hermann, em formato de quadrinho e publicado pela editora Globo, com um impressionante retrato do ambiente social, político e geográfico onde surgiu e se desenrolou o cangaço.

Os dois olhares estrangeiros atestam a universalidade do mito e o impacto que ainda provoca nos dias de hoje.

 

Lâmina do livro Caatinga

Postado em 12/09/2010 Blog!

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Sobre o autor

Makely Ka (Valença do Piauí, 1975) é um poeta cantor, instrumentista, produtor cultural e compositor brasileiro. Makely é poeta, compositor e agitador cultural. Atuando em diversas áreas como a música, a poesia e o vídeo. Incorpora à sua produção artística um componente crítico e reflexivo. Autodidata, desenvolveu uma poética musical própria, amalgamando elementos da trova e do aboio de herança ibérica às novas linguagens sonoras urbanas como o rap, do despojamento da poesia marginal ao rigor formal da poesia concreta.

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