Salve, salve! Está criada a Associação Nacional da Música Brasileira, ANAMBRA para os íntimos! O fato deu-se em Goiânia, região de cerrado, ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico, mais precisamente no Campus da Universidade Federal de Goiás, neste último final de semana. Foi a cereja do bolo, cuja massa vinha sendo fermentada há pelo menos dois anos com a organização dos Fóruns Permanentes de Música em dezessete estados brasileiros por ocasião da criação das Câmaras Setorias pelo Ministério da Cultura. De lá pra cá muita coisa aconteceu e a principal delas talvez seja o fato de que os representantes desses fóruns mantiveram um diálogo deveras permanente, criaram o Fórum Nacional e tocaram o barco virtual com portos físicos em Salvador (Mercado Cultural), Fortaleza (Feira da Música), Rio de Janeiro (Fórum Cultural Mundial) e Recife (Feira Música Brasil), onde ocorreram reuniões e assembléias importantes para a consolidação da iniciativa. Entre as diversas ações decorrentes dessa mínima – mas desde já histórica – mobilização de pessoas ligadas à música contra-industrial no país, algumas são dignas de nota. Uma delas é o estudo colaborativo entre os diversos fóruns de toda a cadeia produtiva da música no país com suas principais demandas e perspectivas (Parte desses documentos encontra-se disponível no site do MinC para consulta: http://www.cultura.gov.br/projetos_especiais/camaras_setoriais/musica/index.html ). Outra foi a chamada de atenção da opinião pública para o absurdo da situação vivida pelos músicos em relação à Ordem dos Músicos, gerando manifestações e ações judiciais em todo o país como as liminares garantindo o direito à não-filiação e o evento Fora da Ordem que reuniu músicos das mais variadas gerações, estilos e tendências no Rio de Janeiro e aqui em Minas Gerais. Além disso várias entidades representativas pipocaram pelo país afora, pegando o vácuo da mobilização do Fórum Nacional, como é o caso da ASSOM em Brasília e da SIM aqui em Minas. Mas a despeito de todas essas conquistas faltava ainda alguma coisa – sempre falta – e a conclusão veio rápido e sem nenhum assombro: precisávamos de uma entidade nacional com pessoa jurídica constituída para agregar formalmente todas essas iniciativas sob o mesmo guarda-chuva. Agora pode chover canivete!
Que o ar circule nessa Associação para que as ações não se percam e o discurso também.
Muito bom Makely!
Mas para um leigo no assunto, explica por favor qual será a função, na prática, da ANAMBRA?
Valeu, abç!
(e o Noriel, baixou?)
que chovam muitas oportunidades!
o terreno tá fértil e é bem ver os resultados de um trabalho constante sem grandes alardes.
beiju!