
Assisti a todos os jogos da seleção brasileira na copa de 82. Foi o maior time que minha geração viu jogar. Eu tinha sete anos. Por isso todos os garotos da minha idade que gostavam de futebol tinham pelo menos duas grandes referências: Zico e Sócrates. O Galinho jogava pelo Flamengo e o Doutor pelo Corinthians.
Todo garoto da minha idade que gostava de futebol torcia por esses times por contigüidade, porque assim torciam pelos seus heróis. Por isso vejo com uma certa simpatia nostálgica essa conquista dos títulos estaduais pelo Flamengo e pelo Corinthians. É uma espécie de retomada simbólica do futebol mítico daquela seleção que Pasolini classificou como poesia. Nenhum jogador encarnou melhor essa característica cada vez mais rara no futebol-força atual do que os três Ronaldos falantes do português.
Ronaldo Nazário, particularmente, me chamou a atenção para o futebol novamente quando surgiu no Cruzeiro. Comecei a torcer por contigüidade. Depois acompanhei sua carreira de longe, eventualmente, principalmente no Barcelona e no Real Madrid, com as facilidades das transmissões a cabo. Seu retorno como fênix ressuscitada num time nacional, nas circunstâncias em que ocorreram, dão um caráter épico à sua trajetória. Todos os caras da minha idade que jogaram futebol na infância tem de reconhecer o fato incontestável de que ele é o melhor jogador da nossa geração. Ele é tudo que nós queríamos ser nas nossas peladas de várzea porque conseguiu realizar em ato nosso desejo de jogar com a categoria de Zico e a inteligência de Sócrates.
E digo tudo isso sem deixar de lado minhas convicções e minha condição irrefutável de torcedor incondicional do glorioso Metaluzina! Qualquer hora dessas inclusive, vou disponibilizar aqui o hino que compus em homenagem ao maior orgulho dos pés-de-pomba.
Por hora estou pensando em voltar a bater pênaltis…
hum. nada ruim uma boa pelada. nem bolada. tampouco golada.
Oi Makely!
Já ouvi você a cantar o hino do metaluzina dentro da sede do jabaquara! (risos)
Não tenho certeza se foi mais emocionante que provocante!
Abração meu caro!
…É! Eu presenciei esse momento glorioso também, srta assis! Makely (o piauiense mais pé-de-pomba que existe) e o grande Metalusina são dois dos poucos orgulhos que temos!
que falta do que fazer, heim…
como comentarista esportivo você é um ótimo poeta.
mas odeio futebol.
vc num campo!!! rssss
pensando bem até combina!
me avisa quero assitir!não deve ser pior que a atuação do atlético mineiro rs…
e concordo com o revigoramento
do futebol brasileiro,esse campeonato
foi caliente!!!e acho q a tendência é só melhorar… e ronaldo!!! só me resta tirar o chapeu!!!
inté,
Águeda Couto.
Realmente não há o que discutir: Ronaldo é o melhor dos nossos tempos. Vamos ver como será esse Brasileirão… =)
“como comentarista esportivo você é um ótimo poeta” hahaha
makely, Metaluzina! !!
eu agora estou virando a casaca e me tornando uma rubro negra!
e por falar em copa de 82.
vc precisa ler o livro do joão saldanha, a copa de 82!!
delicioso para quem viu e viveu aquele futebol!
bj
De fato dou meu depoimento que você tinha as manhas na lateral direita, com dribles desconcertantes mas pouco eficientes. Acho que da única vez que jogamos meu time, dos atores e afins, ganhou do seu time de filósofos, que recorriam à violência conceitual para reprimir nossa ginga brechtiana.
E, sobre o Ronaldão, eis a utilidade dos gênios. E das epopéias!
Srta Assis, na verdade aquela foi a única vez em que ele foi cantado em público!
Marden meu caro, fico agradecido, mas o Metalusina é muito maior que nós todos e nossas vidas miseráveis.
Renato, você odeia porque nunca jogou, foi um menino criado com farinha láctea!
Águeda, estou preparando minha volta, vocês vão ficar sabendo!
Seja bem-vindo Pedro!
Valeu a dica Andrea, vou procurar o livro.
Julliano, você é uma caluniador de baixa categoria, igual ao futebol que vocês do teatro jogam. Nós massacramos o time dos atores com gols metafísicos e cinematográficos!
Sou primo do Mardem, e gosto de futebol, não sei bem quem é Makely, (se era do meu tempo), mas sei algumas histórias do Metaluzina contadas pelo meu pai, ali sim tem história pra contar e fotos também.Tem história do Metaluzina também no site do Milton Neves, e tenho fotos também do Geraldo Assoviador(geraldo Cleofas).Quando estou no RJ e comento do geraldo para os mais velhos, alguns ,mais fanáticos se recordam com emoção dos tempos daquele grande jogador.
abraço á minha terra querida.