Mas eu canto em banto e falo tudo na lata
Ter dinheiro no banco não me afasta da luta
Eu sou um rapper branco e não sou filho da puta
Vem do morro e do asfalto tá no centro em toda parte
Não me venha com a conversa que isso tudo é um disparate
Seu preconceito me faz aprimorar minha arte
O pensamento é sagaz só apertar o start
Meu break street dance num solo de Pina Bausch
Meu sampler June Paik numa fita com John Cage
Meu graffitti é um stiker inspirado em Basquiat
Não vim aqui pra pedir eu vim aqui pra cobrar
Quero respeito com meus manos, nós não somos da gangue
A minha rima vem Schoenberg: sprechgesang
Corre dentro da veia a mesma cor do seu sangue
O mocinho e o bandido só cabem no bang bang
Eu não sou da ku klux klan nem da causa comunista
Não defendo a fé cristã nem a causa ambientalista
Meu sotaque causa espanto e eu não estanco e dou na vista
Pois lá fora preto ou branco benquisto é só turista
Putz!
Que vergonha…
O diferencial passado a limpo.
beijos….
Gostei da ironia fina!
Será que a carapuça serviu no anônimo?
Janaina Cunha
Toca um Rap Amarelo, Sr. Rapper Branco…
Ritmo e poesia, salve!
bravo!
adoro esse seu lado “brabo”.
tem coisa sua no meu blog, não pedi permissão (sempre peço) mas precisava daquele poema!
gostei da letra makely!
sinceramente, não sei se você está sendo irônico, acerdito que não. se estiver mesmo provocando, não importa, gosto assim mesmo.
você soube do ataque de pichadores à faculdade belas artes de são paulo?
Maka, gostei!
Gostei mesmo!
E, olha, li teu poema “ODE” no Bloomsday aqui em Santa Maria e posso te dizer que ganhaste mais uns fãs. Abração!
Liah, obrigado pela visita direto da terrinha! Fico aqui pensando, como soaria um rapper português?
Janaina, acho uma ironia até grosseira, pra dizer a verdade!
Alê, o rap amarelo seria pra combinar com o samba amarelo do Caetano? Ou seria uma homenagem ao centenário da imigração japonesa? Ou ambos?
Walmir, fique à vontade! Já está devidamente linkado.
Mary minha cara, você não precisa pedir permissão alguma. O poema é seu! Quanto à brabeza, é um desvio de conduta segundo minha professora do primário.
Luiz, essa letra na verdade foi feita para a trilha de um espetáculo de dança da Cia. Seraquê, dentro de um projeto onde nos trabalhávamos com jovens da periferia. A idéia era mesmo quebrar paradigmas, questionar umas idéias estabelecidas. Imagina a dificuldade para um rapper de verdade cantar isso. Ao mesmo tempo, porque não? Quanto ao ataque, eu não soube. Onde está a matéria?
Valeu Marceleza! Com as bênçãos de Joyce, uma hora dessas eu chego aí pra gente fazer esse e muitos outros juntos.
Forte abraço a todos!
makely, colei a matéria no meu blog, dá uma olhada lá!
abraço!